Sunday, May 3, 2009

Esperança: Nenhuma nas Castas, Alguma nas Novas Gerações

Por R J Reed
Se procura outro artigo que não seja o de baixo, encontra-lo-á no arquivo do blog.

Esperança: Nenhuma nas Castas, Alguma nas Novas Gerações
Em Goa, como na Índia, existe o sistema de castas - um sistema hierárquico em que posição social se baseia em linhagem. O sistema limita a liberdade dos das castas altas até dos da mais baixa, e tem sido criticado por lideres e pessoas com idéias revolucionárias - como Mahatma Gandhi. Vimala Devi também é mente revolucionária, com carreira e obras extensivas, ela foi influenciada novas idéias de igualdade. Sua literatura reflete isso. Um exemplo é como ela fala contra as castas em seu conto “Esperança.” Será o propósito deste trabalho demonstrar como Devi utiliza certos meios no conto “Esperança” para destacar os efeitos duros do preconceito em Goa e, mais especificamente, do sistema das castas, e a pequena esperança de mudança.

O leitor primeiro chega a conhecer a família de Pedrú, que consiste de Pedrú, a irmã Morgorit e a mãe. Não se menciona o pai, nem qualquer outro parente. Ao principio de sua conversa, parece ser uma família normal, não tão diferente da família de Mitzi. A família dela consiste do irmão Roberto, a irmã Lena e a mãe Teresa. A conversa da família brâmane também esconde qualquer diferença social – ate que mãe de Pedrú menciona que Mitzi e sua família são brâmanes, e Roberto reclama da liberalidade das irmãs. As duas famílias são muito pobres e têm passado por dificuldades, mas ambas esperam um futuro melhor; existe somente uma diferença entre as duas: a casta. Assim, Devi usa as semelhanças e as ‘igualdades’ das duas famílias para fazer contraste de dois mundos diferentes criados pela mentalidade das castas, fazendo o leitor pensar no por quê do sistema e da diferença dessas famílias.

Monção é o volume em que Devi publicou este conto – conceito que tem a ver com o preconceito das castas. No inicio do conto, Devi leva o leitor a Goa para conhecer a monção goês, uma chuva tão forte que, para semanas, poucos saem de casa. Devi usa a monção, tão odiada pelos nativos, como metáfora das castas. Elas, como a monção, param o trabalho, retardam a nação e o progresso que poderiam ter sido e, como Pedrú nota, abafam a sociedade e a vida goesas.

As castas trabalham contra as castas baixas, como a família de Pedrú, porque as limitam a uma educação e profissão inferiores. Os brâmanes também são limitados:
A Brahman who consumed a drink of water and a meal . . . from the hands of a Sweeper would immediately become polluted and could expect social rejection by his caste fellows. From that moment, fellow Brahmans . . . would refuse food touched by him and would abstain from the usual social interaction with him. He would not be welcome inside Brahman homes . . . nor would he or his close relatives be considered eligible marriage partners for other Brahmans” (Caste).

É por isso Roberto se preocupa tanto com a falta de vergonha das irmãs, dizendo que “meus amigos começam a falar” (Williams 497). Para consola-lo, Mitzi reconhece que ele têm “de ter muito cuidado para salvar o nome da casa” (Williams 497-98). Pelo bem do nome da família, não podem se associar com ninguém de casta mais baixa - nem podem comer aquilo preparado pelas castas baixas.

Uma atitude mais destruidora para a nação é aquela tomada por Mitzi ao agradar ao irmão. Mesmo que Pedrú tem qualificação e educação para emprego bom, não é dado oportunidade nem respeito. Mitzi nomeia várias queixas contra o rapaz ambicioso. Isso significa que, nas posições e profissões importantes da sociedade, como no governo, talvez haja pessoas inabilitadas que conhecem as pessoas ‘certas’ e vêm da casta ‘certa’ - situação perigosa para qualquer país.

Apesar de salientar o preconceito criado pelas castas entre o povo goês, o conto é fiel ao titulo e deixa um fio de esperança de que um dia Goa será diferente. Os jovens das duas famílias demonstram uma esperança de que o sistema enfraqueça seu domínio sobre a cultura e, espera-se que, representam uma nova tendência – um novo modo de pensar que irá romper a forte tradição. Pedrú é o primeiro paclé a estudar o liceu e, com os empurrões da mãe, tem a coragem de pedir ajuda duma família brâmane. A mãe também tem esperança tal que encoraja a família a rezar para que Pedrú ganhe emprego. Na família brâmane, são Mitzi e Lena que não têm vergonha de dançar com os paclé, apesar dos fortes sentimentos do irmão. Até a Mitzi, referindo a aos costumes delas, diz, “Mas isso que mal faz?” (Williams 497). Há esperança que as castas se acabem em Goa, pois a nova geração está mudando de pensamento.

Com sua grande habilidade no escrever, Vimala Devi pinta uma quadra muito clara do preconceito que existe como resultado do sistema de castas. Em ‘Esperança’ ela faz uso de um grande contraste - ou o único contraste - entre as duas famílias, a metáfora da monção e as atitudes infelizes dos brâmanes para conseguir seu objetivo. Há, apesar de tudo isso, esperança, e ela põe as gerações mais novas como ponto mais brilhante no futuro da sociedade goesa.


Bibliografia:

Caste System in India, The.
http://www.indianchild.com/caste_system_in_india.htm.

Williams, Frederick G. Poetas Da Ásia Portuguesa: Goa, Macau, Timor Leste. Provo, Ut: Brigham Young University, 2009.